OEA - Oleoyethanolamide
Composto natural derivado a partir do ácido oleico e produzido no intestino delgado. Desempenha um papel fundamental em mecanismos cerebrais que regula a ingestão de alimentos e o gasto de energia. Atua através de vias de sensores periféricos que ativam os mecanismos cerebrais que regulam o apetite e a saciedade. Possuí propriedade de supressor do apetite, redutor da ingestão de calorias e acelerador do metabolismo.
Descrição
OEA pertence à classe de moléculas conhecidas como N-aciletanolaminas (NAEs), que são moduladores lipídicos cuja ação se dá de modo independente dos recetores canabinoides tipo 1 (CB1) e com efeitos opostos em relação ao controle do apetite. Os endocanabinóides (CB1) promovem o apetite, sendo que as NAEs particularmente a Oleoylethanolamide (OEA) parece inibir o apetite. Libertada pelos enterócitos do intestino delgado durante a absorção de gorduras, inibem o apetite a nível central.
OEA está presente no trato intestinal e sua concentração no tecido parece estar associada proporcionalmente ao nível de saciedade. Sua secreção aumenta quando o alimento é ingerido, sugerindo uma ligação entre a OEA e a saciedade induzida pela alimentação. A Oleoylethanolamide (OEA) é conhecida por ser um agonista de PPARa, isto explica os efeitos de supressão do apetite, uma vez que esses efeitos não são observados em quem não possui este receptor. No intestino delgado de roedores, os níveis de OEA diminuiram durante a privação de alimentos e aumentaram após realimentação, sugerindo assim que a OEA endógena participa da regulamentação da saciedade. A possibilidade de que essas flutuações representem um sinal de saciedade é sugerido por experiências em roedores, que mostram que a administração farmacológica de OEA atrasa o início da refeição e prolonga o intervalo entre as sucessivas refeições, resultando em uma inibição persistente da ingestão de alimentos. Esses efeitos anorexígenos são surpreendentemente diferentes dos já descritos pelos fatores tradicionais de saciedade, que reduz o tamanho da refeição sem afetar o intervalo entre as refeições. Além disso, as ações hipofágicas de OEA são diferentes daqueles exercidos pelo peptídeo-1 do tipo glucagon e fator de libertação de corticotropina, por não causarem mal-estar e ansiedade.